sábado, 17 de dezembro de 2016

Sobre o livro #8: A importância da leitura

     A leitura é um importante mecanismo que nós, seres humanos, utilizamos com diversos
propósitos. Lemos para buscar informações, para conhecer mais sobre determinado assunto, para
matar a curiosidade e até mesmo para fugir da nossa realidade, por meio das histórias escritas por diversos autores e que nos permitem viajar em nossa imaginação e experienciar, por meio dela, os diversos universos e coisas fantásticas que são encontradas em diversos livros.

   Vale aqui destacar que nem todo tipo de leitura se torna algo engrandecedor ou produtivo, não adianta só dizer que ler é importante, por que ler qualquer coisa de qualquer forma também não será algo realmente interessante. É necessário saber escolher conteúdos realmente úteis, que não sejam leituras descartáveis sem propósito, que servem somente para o empobrecimento do nosso intelecto, e também sempre analisar de forma crítica o que nos propormos a ler, pois, muitas vezes corremos o risco até de sermos enganados, devido ao fato de que há muitas coisas, na própria internet, que não são verídicas e são feitas assim de propósito sendo um desserviço à nossa sociedade. 
   
     Digo isso, pois, muitas vezes, as pessoas acham que conhecem um assunto pelo simples ato de ler a manchete e com isso saem replicando inverdades. O que falta nas pessoas é se aprofundar no assunto que se propõem a falar, mas se aprofundar causa preguiça por isso é mais fácil replicar a mentira. Mais de 70%* dos brasileiros não leem e se informam apenas pela televisão e rádio onde a informação é bastante superficial. 

  Assim, ler se torna um ato fundamental para o nosso desenvolvimento intelectual, devido ao fato de que, a partir dela, expandimos nossa imaginação, ampliamos nosso conhecimento a cerca de diversos assuntos e temos a possibilidade de explorar outras realidades as quais não vivenciamos. Mas é sempre bom buscar a leitura como uma forma de ampliação e reflexão e não como uma verdade absoluta. 

*Dado retirado do livro Como conversar com um fascista? 

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     Até a próxima!  

terça-feira, 6 de dezembro de 2016

Sobre o livro #7: Fiquei com seu número

O livro “Fiquei com seu número” conta a história de Poppy Wyatt que está super feliz, pois foi pedida em casamento pelo seu tão sonhado e perfeito namorado Magnus Tavish. Numa bela noite Poppy e suas amigas vão para um hotel comemorar o noivado e Poppy faz questão de mostrar o anel que está há três gerações na família de seu noivo e que agora é dela. Quando que por um descuido acaba perdendo seu anel de noivado e é ai que começam todos seus problemas.

   Poppy começa a fazer várias ligações para a polícia e distribuir seu número para todas as pessoas que possam ajudá-la. Porém, na busca de conseguir um sinal melhor para o celular ela acaba sendo roubada. Ela então fica totalmente desesperada e começa a pensar como vai fazer agora para encontrar o anel, afinal de contas ela distribuiu seu numero para todos os funcionários do hotel. De repente, como num milagre, ela encontra um celular numa lata de lixo, então ela pensa “se está no lixo é público”. Poppy, assim, pega o celular e começa a distribuir seu numero novo para todos os funcionários novamente. Porém, o celular pertencia a uma ex-assistente de um executivo de uma grande empresa e ele pede o telefone de volta só que Poppy não quer devolvê-lo e explica toda a situação que ela se encontrava. O executivo sem opção acaba concordando em deixar o celular com ela, mas eles fizeram um acordo Poppy tem que encaminhar todos os emails dele para o seu celular.
      Esse é o primeiro livro desse estilo que leio é o chamado chick lit que são romances leves e divertidos. Achei bem cômico, dei algumas boas gargalhadas, mas alguns momentos me incomodaram nesse livro, um exemplo é como a mulher geralmente é retratada como frágil, desastrada, e que precisa de um homem para fazer com que sua vida tome algum rumo. Também há o relacionamento um tanto quanto abusivo que a protagonista está que é disfarçado pela forma como ela idealiza um homem e pelo apelo ao casamento que se mostra tão necessário tanto no livro como em nossa sociedade.

É de fundamental importância ler qualquer livro com pensamento e análise crítica, pois os livros, assim como qualquer outro meio de informação, influenciam muito as pessoas. Tenho certeza que diversas jovens acabam se deixando influenciar por certas coisas que leem e assistem e acabam não usando o pensamento crítico e fazendo uma analise errônea de suas próprias vidas.


Isso acaba gerando uma falsa ideia de que não haverá felicidade, ou de que a vida não será completa e perfeita, se elas não viverem e estiverem de acordo com o modelo impregnado em diversas histórias desse tipo. Assim, livros como esse acabam sendo um desserviço para meninas que ainda estão formando a sua personalidade e ainda não sabem o quanto esse modelo de vida e comportamento feminino, cultuado em diversos romances, pode ser prejudicial para a sua autonomia.


Dessa forma, e relacionado a livros como esse, é importante que se possa sempre criticar o que ainda é retratado de forma equivocada e buscar leituras que fujam desse padrão (menina desajeitada, frágil, que não é nada sem o apoio de um homem poderoso ou relacionamento) para que se possa ter uma ampliação da nossa visão quanto ao papel feminino na sociedade e, com isso, também, a quebra de diversos estereótipos que permeiam o universo feminino dentro dos romances o que promove o enriquecimento dos enredos e possibilitam que as histórias não sejam tão rasas e gerem uma reflexão naqueles que farão sua leitura.

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     Até a próxima!  


sábado, 22 de outubro de 2016

Sobre o livro #6: O Diário de Anne Frank


O livro “O diário de Anne Frank” conta a história de uma jovem judia que ao ganhar um diário no dia de seu aniversário de 13 anos começou a descrever seu dia a dia. A princípio Anne escrevia em seu diário, que carinhosamente o chamava de Kitty, coisas comuns que uma adolescente passa, mas quando o nazismo se alastrou pela Holanda isso mudou. Anne e sua família tiveram que se esconder. Também escondidos com a família de Anne estava a família Van Pels (Auguste, Hermann e Peter) que no diário ela chama de Van Dan e em seguida chega o dentista Fritz Pfeffer que no diário é chamado de Albert Dussel.

Anne começa a escrever sobre como é estar escondida e sua relação com as pessoas que convivem com ela. No diário ela dá detalhes de todas as coisas que acontecem no anexo secreto (sótão da fábrica de de condimentos onde o pai de Anne trabalhava). Anne se empolgou mais em escrever depois que ela escutou no rádio que depois da guerra membros do governo holandês esperavam recolher testemunhos do sofrimento do povo sob ocupação alemã. Anne descreve todo o medo que todos têm de serem descobertos e como é difícil viver nas condições que eles se encontram. É muito comovente ler o relato de uma adolescente que queria somente ter uma vida comum, mas infelizmente não pôde.

Ela era uma menina muito a frente de seu tempo um dos trechos do livro que mais gosto é quando fala dos direitos das mulheres: “Uma das muitas perguntas que me incomodam é por que as mulheres eram vistas, e ainda são, como inferiores aos homens. É fácil dizer que isso é injusto, mas não basta; realmente gostaria de saber o motivo dessa grande injustiça! Aparentemente os homens dominaram as mulheres desde o inicio por causa da força física... Até bem pouco tempo, as mulheres aceitavam isso em silêncio, o que era algo estúpido, já que quando mais as coisas demoram a mudar, mais entranhadas ficam. Ainda bem que a educação, o trabalho e o progresso abriram os olhos das mulheres. Em muitos países, elas adquiriram direitos iguais; muitas pessoas, principalmente as mulheres, e também os homens percebem agora como é errado tolerar essa situação durante tanto tempo. As mulheres modernas querem o direito de ser completamente independente”.


Anne escrevia que não queria ter uma vida que fosse de acordo com que o padrão imposto pela sociedade. Seu sonho era se formar jornalista e ser uma grande escritora. Ela queria viajar pelo mundo e aprender diversas línguas.

O “O diário de Anne Frank” é um livro que com certeza vai te transformar de alguma forma e te fazer refletir sobre muitas coisas. Depois que terminei esse livro fiquei muito pensativa, pois a segunda guerra mundial é um dos momentos mais terríveis da história da humanidade, onde pessoas foram subjulgadas das piores formas possíveis. E o mais triste é saber que o preconceito persiste até hoje. Que políticos que tem uma grande influência com muitas pessoas transmitem esses discursos de ódio. E pregam que todos somos iguais sem acreditar nisso. Enfim, espero que todos tenham a oportunidade de ler esse livro.

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Até a próxima <3


quarta-feira, 21 de setembro de 2016

Indicando canais literários

  Hoje vim indicar para vocês 3 canais literários que adoro assistir, pois além de amar ler amo também ver pessoas falando de livros. Acompanho até canais que falam de livros que nem faz parte do meu gosto literário. Aqui vou indicar canais que amo e que tem a preferência literária muito parecida com a minha.


 1. Tatiana Feltrin 
  A Tati é maravilhosa, os vídeos dela são incríveis com críticas muito bem construídas e com ótimas indicações de livros. Ela tem uma interação muito bacana com seus seguidores. Todo mês podemos votar em um livro para ela ler e após o término dessa leitura ela faz uma resenha. Tati é minha booktuber favorita.

             

2. Literature-se
 A Mel fala mais de livros clássicos e isso me incentiva muito ler esses livros, pois a maioria das pessoas dizem que livros clássicos são chatos e ela desmitifica essa história. As resenhas da Mel são muito bem feitas e vão te dar muita vontade de ler qualquer livro que ela indicar.
             
             

3. Letras de batom 
  Esse canal é o mais diferente desses que falei. A Bárbara fala de maquiagem, roupa, filmes e o melhor de livros. Ela ama os livros do Bukowski ainda não li nenhum, mas sou louca para ler.

             

Resultados da pesquisa Bukowski



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Até a próxima!



domingo, 11 de setembro de 2016

Sobre o livro #5: 3 livros que eu quero muito ler

Hoje trouxe para vocês três livros que estou louca para ler. Obviamente na minha lista tem muitos outros livros, porém esse post certamente não teria fim se colocasse todos. Então escolhi os que mais quero ler.

  1. O Sol é Para Todos – Harper Lee

   Um dia estava olhando site da saraiva e vi esse livro. Li a sinopse e fiquei simplesmente fascinada. Comprei o livro e por motivos de: (não sei) ainda não li, mas depois de terminar o livro que estou lendo vou ler ele.




SINOPSE: Um livro emblemático sobre racismo e injustiça: a história de um advogado que defende um homem negro acusado de estuprar uma mulher branca nos Estados Unidos dos anos 1930 e enfrenta represálias da comunidade racista. O livro é narrado pela sensível Scout, filha do advogado. Uma história atemporal sobre tolerância, perda da inocência e conceito de justiça. 'O Sol é Para Todos', com seu texto “forte, melodramático, sutil, cômico” (The New Yorker) se tornou um clássico para todas as idades e gerações.





2. 1968 - Eles Só Queriam Mudar o Mundo – Regina Zappa / Ernesto Soto 

    Esse livro na verdade é uma releitura. Li ele quando estava no ensino médio e adorei, pois quem me conhece sabe que amo História e nesse livro tem vários fatos históricos que aconteceram no ano de 1968. Lembro que quando estava lendo ficava admirada com as histórias e com a abordagem simples que o livro traz.                                                                                         
SINOPSE: 1968 foi um ano que se destacou entre todos os outros do século passado, porque jovens do mundo todo lideraram protestos e descobriram novas formas de luta. Neste livro, os jornalistas Regina Zappa e Ernesto Soto fazem um passeio pelos principais acontecimentos do período, no Brasil e no mundo. Organizado mês a mês, traz histórias saborosas, letras de músicas, listas de filmes e inúmeras belas fotos, além de entrevistas com Chico Buarque, Edu Lobo, Fernando Gabeira, entre outros. Este é um verdadeiro almanaque ilustrado da geração que disse não ao conformismo. “Foram muitas as formas de interpretá-lo ao longo do tempo: ano louco, enigmático, revolucionário, utópico, radical, rebelde, mítico, inesperado, surpreendente, profético, das ilusões perdidas. Adjetivos não faltam... De onde surgiram inspiração e fôlego para tanta movimentação reunida num só ano? O fato é que, em um determinado momento, alguém não se conformou e escreveu em letras firmes num muro de Paris: “Seja realista, exija o impossível” - trecho da apresentação de 1968, eles só queriam mudar o mundo. 



3. Put Some Farofa - Gregório Duvivier

  Adoro o Gregório, principalmente a figura política que ele representa. Esse livro mistura humor e política. Estou super ansiosa para realizar essa leitura.




SINOPSE: Don’t repair the mess. The house is yours. I make question. Pardon anything. Go with god. Come back always. Publicada em Julho de 2014, a crônica que dá título a este volume, que cria uma conversa imaginária de um brasileiro com um gringo visitando o Brasil durante a copa, rapidamente se tornou um viral de internet, até ser comentada em artigo do Washington Post. Trata-se de uma amostra da verve humorística — embebida de zeitgeist, crítica ferina e muito afeto — de Gregorio Duvivier, um dos autores mais promissores do Brasil na atualidade. Reunindo o melhor de sua produção ficcional, Put some farofa traz textos publicados na Folha de S.Paulo e esquetes escritos para o canal Porta dos Fundos, além de alguns inéditos. Se Gregorio traz o raro dom da multiplicidade, tendo se destacado no cenário cultural brasileiro ao mesmo tempo como ator, roteirista, comediante, cronista e poeta, também múltiplo é este volume, que transita entre ficções, memórias de infância, ensaios sobre artistas que o influenciaram, artigos panfletários, exercícios de linguagem e outras experimentações.

  Os textos vão da pauta que está sendo debatida naquele dia no jornal ao completo nonsense; do amor ao ódio, do íntimo ao universal. No conjunto, o que espanta no autor é o frescor, a coragem, a visão transformadora e, sobretudo, a capacidade inesgotável de se renovar a cada semana, contando sempre com a inteligência e a sensibilidade do leitor.

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 Até a próxima!



terça-feira, 6 de setembro de 2016

Sobre o livro #4: O dragão de gelo

O livro “O dragão de gelo” conta a história da Adara que é uma menina que tem uma relação muito íntima com o inverno. Enquanto todos tentam fugir do frio ela adora sair e construir castelos de gelo e brincar com as criaturas que aparecem no inverno.

Todos da vila de Adara sempre falavam do dragão de gelo, pois todas as vezes que ele aparecia era sinal de um inverno rigoroso. Diziam que nunca ninguém conseguiu se aproximar dele e que era muito perigoso, mas um dia quando Adara tinha 4 anos ela o encontrou. Adara tinha medo de que o dragão queimasse e derretesse ao seu toque, mas isso não aconteceu ela pôde beijar e acariciar ele.

 O “dragão de gelo” é um livro infanto-juvenil, porém ele não é um livro bobinho. Em alguns momentos ele pode ser um pouco forte para uma criança. É o primeiro livro para esse público do autor George R. R. Martin. Esse é um livro bem rápido de ler e tem ilustrações lindas.

 Se você procura uma história muito bem escrita e rápida essa é uma ótima escolha.



sábado, 27 de agosto de 2016

Sobre o livro #3: Extraordinário


O livro Extraordinário conta a história de August, que é um menino de 10 anos o qual nasceu com uma deformidade facial genética. Por conta da doença ele teve uma infância um pouco conturbada, sempre estava em hospitais e passou por várias cirurgias. August era alfabetizado em casa devido à sua saúde fragilizada e pelo fato de seus pais temerem que ele sofresse preconceito.

Quando August completa dez anos sua saúde esta muito mais estável e os pais resolvem colocá-lo na escola. A princípio ele não gosta nada da ideia, pois ele sabe que as pessoas o olham de uma forma diferente, por causa de sua doença, mas no final das contas ele resolve ir. Antes do começo das aulas ele vai conhecer a escola e o diretor chama três alunos que considera legais para fazer um tour na escola com o August. Nesse tour ele conhece o Jack que vira um grande amigo dele e também conhece o Julian, que foi super grosseiro perguntando se tinha sofrido algum acidente e se seu rosto tinha sido queimado. Quando August volta para casa já não sabe mais se quer ir para a escola, mas sua mãe o convence dizendo que quando ele quisesse desistir ele podia.

Então, basicamente, esse livro conta o primeiro ano de August na escola e como ele e a família lidam com as adversidades. Fala também de bullying mostra como as pessoas são preconceituosas e ligam apenas para a aparência. É comovente ver como o August lida com todas as situações que ele passa. Recomendo esse livro, principalmente, para os adolescentes que estão iniciando na leitura, pois a escrita dele é bem simples e passa uma mensagem bem legal. Ele é bom, também, depois que você leu aquele livro pesado e denso.


sábado, 13 de agosto de 2016

Sobre o livro #2: Estação Carandiru


    No livro “Estação Carandiru” o autor, Dráuzio Varella, nos leva a um mundo curioso do ambiente carcerário. Dráuzio trabalhou voluntariamente na Casa de Detenção de São Paulo, popularmente conhecida como Carandiru de 1989 até sua implosão em 2002. Esse trabalho começou quando ele foi gravar um vídeo sobre a AIDS na enfermaria da penitenciária e, após ter deixado o presídio, as imagens que havia visto não saiam de sua cabeça. Todos aqueles homens presos e as condições que eles se encontravam o fizeram, duas semanas depois, pedir ao responsável pelo departamento medico do sistema prisional da instituição para fazer lá um trabalho voluntario de prevenção a AIDS. 


   O livro conta basicamente a vivencia do Dráuzio na cadeia e as historias de vida dos presos dentro e fora do presídio. O interessante é que o autor fez questão de deixar a fala dos presos do mesmo jeito que foram ditas, dando assim mais fidedignidade aos relatos feitos e à realidade relatada. Dráuzio também não glorifica nem minimiza os crimes deles e isso é bem interessante, pois torna sua abordagem bem humanizada, mesmo que para a sociedade essa pessoas já tenham deixado de serem humanos, a partir do momento que cometem algum crime.
   O livro nos traz uma visão bem clara de como a cadeia funciona e isso é bem curioso, pois a cadeia é uma sociedade regida por leis que não são escritas, mas são aplicadas com rigor. Por incrível que pareça às palavras de ordem são respeito e dignidade. Um fato que é bastante peculiar é que no Carandiru cada cela tinha seu dono e valor de mercado os preços variavam de 150 a 2 mil reais. E se por acaso o dono de uma delas for libertado ele deixa um inquilino pagando aluguel. E se por ventura o proprietário voltasse para a prisão o outro tinha que devolver o imóvel.




   Esse livro não é leve, pelo contrário, é um pouco pesado, pois algumas histórias tem uma carga emocional forte, principalmente quando o massacre é descrito. Diversas vezes quando estava lendo parava para dar uma respirada, pois são cenas realmente fortes. No entanto, Dráuzio Varella é um autor incrível e tem uma escrita bem direta e simples. Estação Carandiru está na minha lista de livros favoritos e se você ler com certeza vai entrar na sua.

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