terça-feira, 2 de janeiro de 2018

Sobre o livro #14: 6 livros para 2018

   Em 2017 consegui ler 28 livros, porém, da lista que fiz de 12 livros para 2017,  li apenas 5. Foi flop sim ou claro? kkkk. Mas como somos brasileiros e não desistimos nunca resolvi fazer uma nova lista de leituras para 2018.
    No entanto, dei aquela bela diminuída na quantidade de livros. Agora, ao invés de 12 vão ser 6 livros para 2018. Vamos rezar para o flop parar kkkk. Então, vamos lá para os livros.

 1. A Guerra Não Tem Rosto De Mulher - Svetlana Alexievich
 SINOPSE: A história das guerras costuma ser contada sob o ponto de vista masculino: soldados e generais, algozes e libertadores. Trata-se, porém, de um equívoco e de uma injustiça. Se em muitos conflitos as mulheres ficaram na retaguarda, em outros estiveram na linha de frente. É esse capítulo de bravura feminina que Svetlana Aleksiévitch reconstrói neste livro absolutamente apaixonante e forte. Quase um milhão de mulheres lutaram no Exército Vermelho durante a Segunda Guerra Mundial, mas a sua história nunca foi contada. Svetlana Alexiévitch deixa que as vozes dessas mulheres ressoem de forma angustiante e arrebatadora, em memórias que evocam frio, fome, violência sexual e a sombra onipresente da morte.
NÚMERO DE PÁGINAS: 392


2. Meio Sol Amarelo - Chimamanda Ngozi Adichie
 SINOPSE: Filha de uma família rica e importante da Nigéria, Olanna rejeita participar do jogo do poder que seu pai lhe reservara em Lagos. Parte, então, para Nsukka, a fim de lecionar na universidade local e viver perto do amante, o revolucionário nacionalista Odenigbo. Sua irmã Kainene de certo modo encampa seu destino. Com seu jeito altivo e pragmático, ela circula pela alta roda flertando com militares e fechando contratos milionários. Gêmeas não idênticas, elas representam os dois lados de uma nação dividida, mas presa a indissolúveis laços germanos — condição que explode na sangrenta guerra que se segue à tentativa de secessão e criação do estado independente de Biafra. 

NÚMERO DE PÁGINAS: 504


3. Pedro, o Grande - Sua vida e seu mundo - Robert K. Massie

SINOPSE: Sobre o pano de fundo da Europa e da Rússia nos séculos XVII e XVIII, desenrola-se a magnífica história de Pedro, o Grande. Coroado aos dez anos de idade, ele foi um czar bárbaro, volátil e feudal, com um pendor para a tortura; um reformador progressista e iluminista do governo e da ciência; e um estadista de visão e relevância colossais. Pedro, o Grande, encarnava as maiores forças e fraquezas da Rússia, enquanto ao mesmo tempo foi figura de proa do desenvolvimento de seu país. 

NÚMERO DE PÁGINAS: 1084




4.  Nada a invejar - Vidas comuns na Coreia do Norte - Barbara Demick

SINOPSE: Correspondente do jornal Los Angeles Times em Seul, capital da Coreia do Sul, entre 2001 e 2006, a jornalista americana Barbara Demick fez uma exaustiva pesquisa de documentos, fotos e vídeos e entrevistou dissidentes e refugiados norte-coreanos que haviam fugido para a Coreia do Sul ou para a China. Pontuadas por informações gerais sobre a economia e a cultura do país, as histórias de Nada a invejar — título irônico extraído de um hino ufanista norte-coreano — se entrelaçam para formar um painel bastante vívido do cotidiano na Coreia dos ditadores Kim Il-sung (1912-94) e Kim Jong-il (1942-2011), pai e filho que reinaram absolutos por mais de seis décadas e ainda perpetuam seu legado autoritário na figura do herdeiro Kim Jong-un. Uma das virtudes do livro é mostrar como o culto à personalidade dos tiranos foi forjado numa mistura peculiar de marxismo-leninismo mal digerido com as tradições religiosas e populares locais. O controle absoluto da vida pessoal, que faz de cada vizinho (ou mesmo um familiar) potencial espião e delator, perpassa os relatos de todos os personagens entrevistados, assim como as dificuldades materiais e a fome — sobretudo depois da crise de escassez dos anos 1990 —, as marcas da guerra entre as Coreias e as parcas perspectivas de progresso educacional ou profissional. Uma realidade sufocante que não exclui, porém, o humor, os gestos de altruísmo e solidariedade ou os sonhos de liberdade. Com uma escrita ágil e envolvente, que atesta o ótimo domínio das técnicas narrativas literárias, a autora conduz os leitores pela experiência fascinante de espiar a vida de uma das sociedades mais isoladas e reprimidas do planeta. 

NÚMERO DE PÁGINAS: 416

5. A cor púrpura - Alice Walker 
SINOPSE: Vencedor do Prêmio Pulitzer em 1983 e inspiração para a obra-prima cinematográfica homônima dirigida por Steven Spielberg, o romance A cor púrpura retrata a dura vida de Celie, uma mulher negra no sul dos Estados Unidos da primeira metade do século XX. Pobre e praticamente analfabeta, Celie foi abusada, física e psicologicamente, desde a infância pelo padrasto e depois pelo marido. Um universo delicado, no entanto, é construído a partir das cartas que Celie escreve e das experiências de amizade e amor, sobretudo com a inesquecível Shug Avery. Apesar da dramaticidade de seu enredo, A cor púrpura se mostra muito atual e nos faz refletir sobre as relações de amor, ódio e poder, em uma sociedade ainda marcada pelas desigualdades de gêneros, etnias e classes sociais. 

NÚMERO DE PÁGINAS: 336

6. As meninas - Lygia Fagundes Telles 
SINOPSE: Não foram muitos os escritores que, no auge da ditadura militar no Brasil, abordaram em seus textos temas como a repressão e a tortura e escreveram obras de contestação como As meninas, de Lygia Fagundes Telles. Livro árduo, dolorido e lindo, As meninas relata os conflitos no relacionamento de três jovens que têm entre si um ponto em comum, a solidão, e como pano de fundo os governos militares. Três universitárias compartilham com algumas freiras um pensionato em São Paulo. Ana Clara gosta de um traficante e vive drogada. Lia briga contra o regime, Lorena, filhinha de papai, ajuda as outras duas com dinheiro. Lia se envolve com Miguel, que é preso e trocado por um diplomata. Sem ligar para a política ou as drogas, Lorena se apaixona por um médico casado e pai de cinco filhos. Um enorme espaço separa o universo das pensionistas e seus dramas das religiosas, que se apavoram com a liberdade das três moças. Cada uma das personagens é um poço de conflitos e monólogos interiores que vêm à tona através das confidências íntimas de cada uma e que se ligam à miséria política e cultural da época. O texto de Lygia Fagundes Telles não cai na vulgaridade, não se banaliza apesar do tema. A linguagem é coloquial e expressiva e os diálogos abandonam as conveniências formais. As meninas de Lygia são, afinal, as jovens do nosso tempo, saídas da adolescência e ingressando na plenitude da mocidade. Nada mais atual. Apontada pela crítica como um sucesso absoluto, As meninas é uma obra que resultou do esforço de três anos de trabalho dessa autora perseverante, que valoriza a palavra e mostra, através de seus textos, a luta de todos nós em defesa da liberdade. 

NÚMERO DE PÁGINAS: 304
                                                                     
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 Até a próxima!